Amor-Perfeito

"Eu me deito e durmo; acordo, porque o Senhor me sustenta" – Salmo 3: 5.

Provérbios 30: 5.

* 1mVersículo 1aVerdade *

“Toda palavra de Deus é perfeita; escudo ele é para os que nele confiam” – Pv. 30: 5.

Muita gente diz que a Palavra de Deus não é confiável, porque foi escrita por homens. Eu tenho fé de que as Escrituras Sagradas são confiáveis, até por conta do que afirmou o Apóstolo Paulo em 2 Timóteo 3: 16 e 17. Em mim a Bíblia fez e faz muita diferença, desde que fui apresentado “formalmente” a Cristo Jesus. O Mestre me conhecia, mas eu não O conhecia. E eu considero a Palavra de Deus perfeita, como Ele é perfeito, aliás. A minha imperfeição é atenuada pela perfeição da Palavra de Deus, cuja leitura (ou contato de algum modo), na minha modesta opinião, deve ser diária, ou, no mínimo, frequente. Uma coisa que aprendi é que o conteúdo de sabedoria da Bíblia é inesgotável, pois sempre há algo adiante do que foi aprendido, para aprender, mesmo que passemos por tempos de aparente “estagnação”. A releitura nunca é igual à leitura, como é diferente a releitura da própria releitura, e assim vai.

Eu não sei quantas vezes eu já li a Bíblia. Algumas, com certeza. E eu já tive experiências que só com a fé pude “transpor”. Acredito que é situação normal do ser humano “brigar”, vez por outra, com os Textos Sagrados. Ora, se Deus nos fez seres inteligentes, e capazes de raciocinar, natural é que tenhamos todos nós inquietudes, questionamentos e “crises existenciais”. Eu diria, na verdade, que nós “brigamos” com a Palavra de Deus quase que sempre. E eu poderia até “facilitar” este texto, e escrever sobre alguns pontos-chave da Palavra de Deus, tornando a mensagem simples, comum, mais apreensível e “esperada”. Hoje não. A Bíblia é difícil. Mesmo o que Nela nos seja de fácil entendimento, tornar isso “fácil” em nós é muito complicado, senão impossível. Por isso a Graça de Deus nos é tão valiosa. A “incorporação”, por assim dizer, dos Ensinamentos Bíblicos em nós, é “um caos dentro de outro”. Nesse passo, apesar de que posso pensar em vários exemplos disso neste justo momento, prefiro deixá-los, pois, para a reflexão de cada um.

Talvez seja correto dizer que a Bíblia Sagrada é a porção material de uma realidade eminentemente espiritual. Há Bíblias compiladas com mais textos, outras com menos textos, qual é a correta, afinal? E os Textos Apócrifos, têm serventia? Respondo a essas perguntas com outra: qual é a medida da sua fé? Até onde cada um de nós se dispõe a caminhar com Deus, em Jesus, é algo muito particular. O Pregador, em Eclesiastes, nos diz que a proporção de sabedoria que se adquire tem sua contrapartida de tristeza, e de dor (Eclesiastes 1: 18). Assim, se aprofundar na Palavra de Deus é uma escolha sábia, mas “doída”. Outro dia escrevi sobre os segredos de Deus, e creio que dentre eles estão ver o Mundo e a natureza humana, “desnudados”. Para isso basta “se enfronhar”, “se embrenhar”, na Palavra de Deus. Muitas revelações virão desse ato, e sinceramente não sei se todos aguentam ou estão preparados para o que verão e descobrirão. Porque a realidade é triste, e o Livro nos enche de esperança e nos prepara não para esta realidade, mas para o futuro com Deus, a vida eterna. Nesta condição (creio), a Bíblia se nos torna em “Espada” para este tempo na carne. Pra mim Ela é como uma “Espada”.

Sempre que começo um texto, não tenho a mínima ideia de como ele vai terminar. Essa “confissão”, provavelmente, mostra a todos o quanto estou tendo dificuldades de escrever, neste momento. É que eu ando triste com muitas coisas, e nem saberia explicar direito o porquê, se acaso me perguntassem sobre os motivos. Fico triste com minha imperfeição. Tenho uma tristeza arraigada em mim de tal forma que gostaria de “explodir”, às vezes. Questiono se alguém nesse estado pode escrever a Deus, o tanto quanto já está escrito, inclusive. Deus sabe. Entretanto, parte de minha tristeza se dá, também, porque não vislumbro solução para o Mundo, muita maldade, recursos escassos, população aumentando exponencialmente, poluição desmedida, desenfreada competição. E não há união e concórdia nem mesmo entre as pessoas que se dizem cristãs. Aonde e quando vamos parar? Mais uma pergunta sem resposta (lamento). No coletivo não vejo saída, mas a Escritura, que é perfeita, me ensina um caminho bom e perfeito, estreito (é verdade), mas que no final tem saída: Deus Pai (João 14: 6). Devo percorrê-lo por mim mesmo, em Jesus, sozinho e com todos, assim como você. E aqui Deus Pai é o nosso “Escudo”, “Bom Refúgio” e “Fortaleza”.

A Escritura tem o poder e a bênção de nos resignar (e consolar) em relação ao nefasto sistema mundano em que vivemos. E nos protege de nós mesmos. Quer escapar aqui da tristeza e do sofrimento? Quem for honesto conosco dirá: “sinto muito, não dá”. Mas dá para “atacar” e “aniquilar” muitos “golpes da vida” com a Palavra de Deus (Espada de Dois Gumes – Hebreus 4: 12), e, ainda, dá para “aparar” outros tantos infortúnios e mazelas com o nosso “Escudo” (Deus Pai), que está ao nosso lado, e nos nossos corações. Muitas reflexões podem ser feitas a partir dos elementos do verso e dos demais, postos neste texto. Mas a metáfora de um guerreiro antigo, cingido de escudo e espada, em prontidão para a guerra, se sobressai ainda hoje em nossas mentes. E se a vida é uma “guerra”, vemos que Deus nos dá condições suficientes para “entrarmos em batalha”, sempre que necessário for, em Jesus.

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