Amor-Perfeito

"Eu me deito e durmo; acordo, porque o Senhor me sustenta" – Salmo 3: 5.

Atos 2: 39.

* 1mVersículo 1aVerdade *

“A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe – a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” – At. 2: 39.

Apesar de o verso falar em “promessa”, no singular, a realidade é que temos de Deus um considerável conjunto de promessas, válido para esta vida e para a vindoura. O Senhor nos inclui em Seu Reino, e no “pacote” inerente a isso vem a paz, a redenção, a salvação, a consolação, a presença de Jesus, o Consolador (Espírito Santo) em nós, além de inumeráveis outras bênçãos e bem-aventuranças. Não é pouca coisa ser servo e filho de Deus, e ser, ainda, considerado “sal da terra”. Porém, nunca percamos de vista o fato de que, agregado a tal bendito estado, que nos é dado por Deus Pai, vem muita responsabilidade, não pouca.

Pouco importa para Deus o estado de espírito da pessoa, o que ela faz ou é, onde ela vive, ou como vive. É um mistério a escolha das pessoas por Deus, coisa que não nos cabe saber. Fato é, no entanto, que o Senhor as acha e encontra, no Seu tempo, onde quer que estejam. Ninguém há que evite ou se esquive de Deus. Não existe ser vivente que se esconda do Senhor: Ele sonda e perscruta a todos, quando e como quiser, sem exceções. E a beleza do verso se cinge no fato de que Deus Pai, em Pessoa, chama todos os que Ele quer para Si como filhos. Alguns chamam isso simplesmente de “chamado de Deus”. As “ovelhas” ouvem a voz do “Bom Pastor”, e O seguem (João 10: 27 a 29).

O Senhor chama os Seus de vários modos. Normalmente não vemos pompa nisso, pelo contrário. Alguns, talvez a maioria, vêm a Deus pela dor. As desventuras têm essa característica de fazer com que nos aproximemos de Deus. Poucos são os que “pensam na vida” em meio à alegria e à felicidade. Por isso que nós não devemos julgar de forma rasa os infortúnios, visto que em meio aos problemas e as dores podem estar ocultas várias bênçãos de Deus (geralmente estão), que se nos serão apresentadas no devido tempo, segundo a presciência do Criador. E delas desfrutaremos, com toda certeza, em júbilos ao Senhor, dando-Lhe graças. Diante disso, como uma pedra lançada para trás de nossos ombros, devemos nos esquecer dos tempos maus, depois de passados, e alegrar-mo-nos em Cristo Jesus, sempre.

Como uma moeda, a vida tem duas faces bem distintas, aliás, muito bem explicitadas por Salomão, no Livro de Eclesiastes, Capítulo 3. “Há tempo para tudo na vida”, nos ensina o Pregador, logo, se o tempo bom tem valor, os dias maus também têm. A diferença no tempo ruim está em vivê-lo com ou sem Deus. Sem Deus não há esperança nem consolação. Com Deus há tudo isso, e mais as Suas Promessas. Essas coisas nos revelam algo muito precioso: quando Deus chama alguém, Ele não promete uma vida livre de obstáculos e de problemas, mas Ele promete Sua presença, cuidado e auxílio. A vida deve ser vivida por inteiro, com tudo o que nela estiver inserido, “sejam dores sejam amores”, enfim, a normalidade. Adversidades virão a todos, assim como tempos de refrigério, além do inevitável cotidiano. Por isso é que nós devemos estar atentos aos “estelionatários da fé”, que prometem “mundos e fundos” às pessoas em nome de Deus, mas não falam a verdade, pelo contrário, mentem em proveito próprio, descaradamente. Evitemos, pois, esses “iluminados”. Ora, o que caracteriza a vida é o equilíbrio de todas as coisas, e nela há um pouco de tudo, sendo que nós não podemos nos furtar de vivermos todas as situações que se nos apresentarem pelo caminho. Contudo, “nós e os nossos filhos”, que O amamos e que andamos com fé e alegria em Sua presença (fomos chamados), estamos e nos sentimos seguros, porque o Senhor nos fez alvos de Suas benditas Promessas, Ele nos ama, e Ele vela por todos nós. Com isso, resta-nos tão somente louvar o Seu Santo Nome, tranquilos e serenos, sabendo que a vida não é fácil, mas que Deus, nosso bendito e amado Deus, é Deus. E Deus é Pai! Aleluia!

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