Amor-Perfeito

"Eu me deito e durmo; acordo, porque o Senhor me sustenta" – Salmo 3: 5.

Romanos 5: 7.

* 1mVersículo 1aVerdade *

“Dificilmente morrerá alguém por um justo, embora alguém possa se animar a morrer pelo bom” – Rm. 5: 7.

Parece mesmo que o sacrifício de alguém morrer por outrem é situação hollywoodiana: só acontece de forma fictícia, em filmes, ou seja, no cinema. Na vida real, por certo, não há tanto desprendimento, nesse sentido, quanto vemos na Sétima Arte. Talvez por isso muitos custem a acreditar e crer que Jesus Cristo se sacrificou por nós, em morte horrível na cruz, para nos salvar e nos reaproximar de Deus Pai. Ainda mais porque, tendo em vista o verso acima transcrito, é certo que entre nós não há justos (Romanos 3: 10 a 18), tampouco “bons” em essência (Marcos 10: 17 e 18), embora alguém possa discordar disso (ainda que discorde não da afirmação deste texto, mas da própria Bíblia Sagrada).

Há, entretanto, certas profissões nas quais a pessoa se propõe a arriscar a própria vida em prol de seus semelhantes. É o caso, por exemplo, dos policiais e dos bombeiros. Estes se põem em perigo, voluntária e deliberadamente, por pessoas que sequer conhecem. Não sabem de antemão se defendem interesses de (ou salvam) justos ou injustos, bons ou maus. Portanto, eles agem indistintamente, por obrigação legal. Aqui não se trata, porém, do assunto do verso, visto que esses profissionais dedicados (alguns verdadeiros heróis) têm dons próprios e inclinação para as atividades que desempenham, buscam adrenalina e satisfação pessoal, e suas intervenções são pontuais.

Com todo respeito a esses homens e mulheres indispensáveis a qualquer sociedade organizada, se qualquer coisa der errado em determinada situação de crise, o que se poderá dizer disso é que fulano de tal morreu como herói sacrificando-se por alguém, ou, no máximo, por um punhado de gente. Jesus Cristo de Nazaré, por outro lado, morreu pela Humanidade inteira. O sacrifício do Rabi, como todos nós bem sabemos, redundou em Sua morte. Mas que herói humano dela retornou? Jesus, porém, ressuscitou, venceu a morte (Atos 2: 23 a 28), e isso para compartilhar Sua vida e o amor do Pai com todos nós, sem exceções.

O ato de se deixar sacrificar, de Jesus, não é algo pontual, mas universal. Um policial ou um bombeiro, quando se sacrifica e morre por alguém, ou mesmo uma mãe ou um pai por seu filho/filha, ou, ainda, qualquer um por quem quer que se imagine, certo é que tal gesto se torna definitivo e irrevogável. Talvez nobre, mas irreversível: morreu, acabou, fim da existência, e ponto final (Hebreus 9: 27). Contudo, com Jesus foi diferente: Ele morreu, de fato, mas a morte não O deteve nem O corrompeu, pois que Ele ressuscitou dos mortos, e está vivo e presente em nossas vidas (João 3: 14 a 17). Como esteve no passado, está hoje, e estará eternamente (Hebreus 13: 8). Ele permanece conosco e entre nós (velando por nós). O verso nos diz que dificilmente alguém morreria por um justo ou por um “bom”, justamente para enaltecer o que Jesus fez: Ele morreu por todos nós. Mas veja-se que Jesus está e permanece VIVO!

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