Amor-Perfeito

"Eu me deito e durmo; acordo, porque o Senhor me sustenta" – Salmo 3: 5.

Hebreus 3: 12.

* 1mVersículo 1aVerdade *

“Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” – Hb. 3: 12.

A melhor maneira de definir “um perverso coração”, pelo verso, é dizer que tal coração foi corrompido. E foi corrompido, neste caso, pela incredulidade da pessoa em relação à existência e à soberania de Deus. Partindo do princípio, pois, de que alguém já cria em Deus, o estado de deixar de crer, de duvidar ou de questionar de modo impuro, afasta esse alguém do Senhor. Isso porque a convivência nossa com Deus Pai implica em intimidade, que é coisa de trato sucessivo e diário, e Ele é o Deus Vivo.

Nós precisamos, pois, ficar atentos a essa particularidade, a fim de que nós nunca nos afastemos Dele, seja por que motivo for. Na verdade, não existe nenhuma razão ou motivo para que nós venhamos a nos afastar de Deus. Veja-se que ser detentor de “um perverso coração de incredulidade” não é o mesmo que, crendo e confiando em Deus, acontecer de se ter uma “crise de confiança” momentânea, uma dúvida passageira, ou ter questionamentos fundados e legítimos, que nos levam ao crescimento em Cristo Jesus. Não. No primeiro caso a pessoa não acredita em Deus, e mesmo O despreza, ou, crente, passa a não acreditar e a desprezá-Lo, em contrapartida ao crente que apenas tem lapsos de confiança por sua fraqueza inerente e humanidade.

Essa diferença apontada é crucial: um crê, e ama o Criador; o outro é descrente, ou passou a sê-lo, e sequer Lhe dá a devida e merecida honra. Se alguém, qualquer pessoa, crê com sinceridade e integridade em Deus Pai, mas em algumas ocasiões tem dúvidas e/ou questionamentos, não precisa ficar preocupado ou se sentir culpado, visto que é absolutamente normal ao crente em Jesus sentir-se assim por vezes durante sua vida. Somos todos falhos, fracos, suscetíveis a termos tais “crises de confiança”. O Senhor bem sabe disso e, conhecendo nossos corações e natureza, não nos reputa nenhuma afronta por isso, pelo contrário, Ele nos faz alvos do Seu amor e paz, e nos acolhe em Seus braços.

O grande problema, portanto, está em crer, mas se desviar, se deixar corromper. Essa é a advertência do verso: aos que creem Nele, vigiem, para que não deixem de crer. Pois que este estado de descrença é uma desgraça na vida de qualquer pessoa, especialmente na vida daquele que já cria, e não mais crê. Já dizia Pedro, Apóstolo: “Se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado”2 Pedro 2: 20 e 21. Por fim, o Apóstolo Paulo, provável autor da Carta aos Hebreus, corroborando com o raciocínio posto, bem no início de sua advertência (verso) diz “irmãos”, logo, se dirigia ele aos crentes, e não aos descrentes. Estes últimos já têm em si mesmos o tal “perverso coração de incredulidade”, e estão afastados, apartados de Deus Pai. Nós (os crentes) precisamos cuidar dos nossos corações, com total atenção, a fim de mantê-los íntegros para o Senhor. Por toda a vida, e pela Eternidade.

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